O Comandante - Coluna Semanal para o site Coperofc.com

 O Comandante

                Rotina de treinamento não é novidade. Sabe-se o suor que é necessário para se obter uma vitória. No dia decisivo, toda a temporada de nada, ou quase nada valerá se o resultado apresentado não for positivo.

O trabalho da comissão técnica é muito maior do que parece. Avaliar o trabalho dos profissionais durante um jogo ou treino é muito pouco comparado ao tempo em que se fica planejando, organizando e escolhendo metodologias a serem utilizadas. Existe uma cobrança muito grande em se conseguir resultado em curto prazo, já que esta é a cultura do nosso futebol. O imediatismo estabelece metas a serem cumpridas rapidamente. No início parece dar certo, algumas vitórias acalentam, porém, queremos um clube que se mantenha sempre no topo. Ano após ano.

È importante salientar que somos uma pequena engrenagem no motor do clube, que somente com todas as peças funcionando de forma plena é que poderemos desempenhar tudo o que foi treinado e encarar com desenvoltura as situações do jogo. Seguir a ordem do comandante não é para alguns, não é para aquele que servir o chapéu. Estar ciente das convicções do treinador é básico, imprescindível, ele é o chefe, é o estrategista, manda avançar e sabe o momento de recuar. A decisão final é dele. A comissão técnica auxilia neste processo e cabe aos atletas o diálogo. A comunicação, o retorno, o feed back, aperfeiçoam, melhoram o vestiário, as peças se encaixam melhor e a produção aumenta.

É necessário estimular a liderança entre os atletas. Sabemos que esta característica é natural, se nasce com ela. Porém, é importante que a incitemos, que deixemos espaço para que este atleta seja líder. Queremos e precisamos de líderes de vestiário, desde que o “poder” não atrapalhe, não seja maléfico, pois deixar aflorar a liderança não é sinal de liberdade ou imunidade, ninguém está livre para questionar ou duvidar do trabalho da comissão técnica.

Não podemos confundir liderança com hierarquia. Apesar de muito próximas, e por vezes se fundirem, o enlace não é automático. O líder é aquele que guia seu grupo, toma a frente, motiva e influencia na decisão de todos. O chefe é aquele que tem autoridade única, que é líder por imposição do cargo.

Pensar em hierarquia é, automaticamente, pensar nas Forças Armadas. Relacionar dois ambientes de trabalho que tem finalidades distintas parece ser irreal. Ambos sabem da importância da hierarquia para alcançar seus objetivos. Existe um comandante, aquele que pensa, planeja e comanda as ações. Existe, também, um elenco, que recebe as ordens e as executa, cada um com sua posição, sem desmerecer ou comparar importâncias, formando assim o time. 

Logo, ser o comandante ou estar subordinado à ele é natural. O objetivo é o mesmo. O trabalho diário, a rotina antes e após treinos, o suor deste ou do outro lado do apito tem a mesma meta. Sejamos leais, sinceros e justos!

 Nesta semana tão especial, gostaria de parabenizar todos militares, especialmente aos que pude ombrear nas mais diversas missões. Desejo a todos um grande 7 de setembro!  

Brasil! Acima de Tudo!

Professor Osorio

Preparador Físico de Futebol

CREF13.994-G/RS